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Conhecendo a "Velha Casinha"

Era sábado 8h da manhã. Frio de 12 graus em Campo Grande. O celular desperta e eu levanto ansiosa, tomo banho, escolho uma roupa e ao olhar para o relógio vejo que já são 8h30. Como não dirijo muito bem, e também não sabia ao certo o local, peguei o carro e com ajuda do GPS, segui em direção ao bairro Amambaí. Estaciono em frente a uma casa de esquina de cercadinho branco. Era uma casinha de madeira, baixa, pintada na cor salmão, e com uma janela na cor vermelha na frente. Logo fui recepcionada pelo João Paulo, filho da nossa estrela. Em seguida, um cachorro de estatura média, preto, e muito gordo também veio ao meu encontro. Logo ouço a voz grave e rouca da minha entrevistada: “Sai Batoque! ”, e logo ela vem ao meu encontro e me convida a sentar. Ao ver a câmera logo diz: “o João Paulo disse que não teria foto. Não me arrumei. ” Eu digo para ela ficar tranquila com relação a isso. Ela estava muito bonita, com um uma blusa azul cor de céu, um blazer vermelho por cima. Usava ...
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Humberto Yule grande nome da atualidade

Tentei por algumas semanas falar com esse menino. Digo “menino” pois ele tem apenas 28 anos e já conquistou seu espaço na música não só aqui no Brasil, mas também na Argentina.  Numa segunda-feira (19) ele me ligou dizendo que estava em Campo Grande e que poderíamos agendar a entrevista, pois ele gostaria de me ajudar nesse trabalho. Agendamos para terça-feira às 14h. Um pouco antes do horário marcado, chega no meu whatsapp uma mensagem perguntando se era só entrevista, ou se eu tiraria foto. Respondi que foto seria apenas pro meu arquivo. Pontualmente as 14h estaciono em frente à casa, e ele já aguardava no portão. A casa é muito bonita, muito bem decorada, e num canto da sala uma imagem de Nossa Senhora Aparecida me chama a atenção, pois também sou devota. Sento-me no sofá da sala e ligo o gravador. Percebo que ele caprichosamente preparou uma jarra com agua e deixou na mesa de centro da sala. Falo do trabalho pra ele, e começa nosso bate papo sobre chamamé. De fala pa...

Janio Fagundes o engenheiro agrônomo apaixonado por chamamé

O Janio não é músico, nem compositor e nem historiador, é um engenheiro agrônomo natural de Rio Brilhante, atual Capital do chamamé. Cheguei até ele depois de ser adicionada num grupo de whatsapp com aproximadamente 100 integrantes de Mato Grosso do Sul e de Corrientes na Argentina, e nesse grupo me indicaram ele como fonte.   Meu personagem é apaixonado por chamamé, daqueles que pega férias só pra viajar para a argentina e participar dos famosos festivais. Foi muito atencioso, falei com ele numa terça e agendamos a entrevista pra quinta. Chegando a casa n. 92 no bairro Carandá Bosque ele me aguardava no portão. Uma figura alta, de cabelos escuros, óculos, e de perfil extremamente calmo me convida a entrar. Me acomodei no sofá verde escuro, liguei o gravador e brevemente falei com ele sobre como o chamamé chegou aqui, sobre como ele se encantou por esse gênero, e sobre o intercambio cultural de argentinos com brasileiros sulmatogrossenses. De fala mansa e pausada ele me expl...

Gaitas e Prosa

Consegui o contato dele através da filha Marlucy. Liguei no início da tarde e ele prontamente atendeu, mas senti sua preocupação com relação a casa simples. “Minha casa é simples, tem dois cômodos apenas, eu moro sozinho, e estou mexendo com a oficina, então se vier não vai reparar.” Eu disse que não tinha problema não, que só ficaria lá por 20 minutos. Ele topou. Marcamos para as 18h do mesmo dia (13/10). Enquanto eu procurava a casa, andando com o carro devagar, noto um senhor indo a pé com uma sacolinha de supermercado, e falando ao telefone “o pessoal da imprensa ta vindo aqui em casa” falava pra pessoa do outro lado da linha. Estacionei, e cheguei praticamente junto no portão da casinha escura e cheia de gatos. Ele abiu o portão e novamente foi pedindo pra não reparar dele. Falou que tinha 5 gatinhos mais a mãe, que ele tinha dó de dar e ficou com todos. Contou que aproveitou que avisei q iria atrasar e foi comprar um refrigerante pra servir. Na calcada bem perto da porti...

Café com Celito

Esse dia foi bem corrido, e também muito gostoso. Dia de entrevistar um dos Espíndola. Escolhi o Celito porque dos Espindola, era o que eu já tinha o contato, e foi o que de imediato abriu as portas da sua casa quando falei sobre meu projeto. Foi muito receptivo e combinamos a entrevista para o inicio da tarde, às 14hs de uma terça-feira. Apresentei o trabalho enquanto ligava o gravador, e enquanto conversávamos ele foi passar um café, na cozinha, bem ao lado da sala, onde me sentei num jogo de mesa de madeira maciça com quatro cadeiras. A casa era grande e simples, de decoração rústica, bem no estilo menos é mais. Enquanto passava o café, podia ouvia-lo contar sobre o grupo Chalana de Prata do qual faz parte. Observei o entusiasmo na voz dele enquanto falava de sua maior paixão: a música. Quando ele retornou com o café, expliquei que precisava do áudio, então algumas coisas ele precisaria repetir pra eu poder gravar. Foi uma conversa tranqüila regada a café e muito aprend...

Entrevista com um grande ídolo

Essa entrevista significou muito, pois “acompanho” a carreira dele desde que conheci o trabalho dele através de uma participação que ele fez na música “Mercedita” interpretada pelas irmãs Patrícia e Adriana. Quando entrei em contato, imaginei que seria difícil agendar com ele, mas fiquei surpresa quando de prontidão ele já disse que ficaria feliz em contribuir com meu trabalho, e então agendamos para o início de tarde de uma quinta-feira, no escritório da esposa dele, Camila. É um escritório pequeno que fica próximo ao Comper da Tamandaré. Demorei pra achar, mas cheguei a tempo. Fui muito bem recebida pelo Marcelo. Observei que na recepção havia dois meninos trabalhando diante do computador, e uma porta de blindex dava acesso a uma espécie de sala de reuniões onde faríamos nossa entrevista. Ali também ficava a mesa de escritório da esposa do Marcelo que após me cumprimentar continuou a digitar no computador. Já o Marcelo sentou e já pegou o violão. Senti que o instrumento era ...

Reencontrando um "velho" amigo

A entrevista estava marcada para as 19h, era uma quinta-feira à noite. Um muro alto na rua Arisoli Ribeiro no bairro Jardim Palmira, escondia uma casa grande, em reforma.  Chego faltando 5 minutos e toco a campainha umas duas vezes. O portão se abre e uma figura simpática, alta, de camisa polo listrada e bota cano fino aparece pra me receber. Logo vai apresentando sua casa-estúdio “em reforma”. O andar de cima é estúdio, em baixo tem várias salas. Mas onde ele mora com a esposa é numa edícula nos fundos. Marlon me conta que naquele dia havia tido ensaio das 13h às 18h com seu ex-atual grupo Canto da Terra. Observo o estúdio muito bem organizado, porém ainda em construção. Sentamos-nos e começamos nossa descontraída entrevista. Peço pra ele me contar como eram os tempos de auge do baile com o grupo. Mas ele começa falando de lambada, que o ritmo era sucesso na época e que eles precisavam mesclar isso. Oiii?! Então. Tentei voltar o foco pro chamamé, mas ele estava tão empolgado,...

Visitando o programa “A Hora do Chamamé”

A entrevista com um dos grandes defensores da bandeira do Chamamé no Estado, Orivaldo Mengual, estava agendada para uma sexta-feira, dia 25 de setembro às 19hs na Rádio Educativa no Parque dos Poderes. Chegando ao local me deparo com um homem abatido, sem voz e cabisbaixo. Sem condições de dar qualquer tipo de entrevista. Inclusive naquele dia ele não apresentou o programa. Desculpou-se mil vezes, e fui embora triste, sem a próxima data agendada, pois ele me pediu que esperasse ele melhorar da voz. Os dois dias de evento em comemoração ao Dia Estadual do Chamamé sugaram toda a energia dele. Em off confidenciou as muitas dificuldades que enfrenta no dia a dia para defender a bandeira do Chamamé no Estado de Mato Grosso do Sul. Inclusive, descreveu algumas situações em que esteve a fim de realizar o evento em comemoração ao dia do Chamamé, e da vontade que teve muitas vezes de desistir e ficar apenas com o programa de rádio, sem nenhuma outra perturbação. Orivaldo é um dos fundado...