Pular para o conteúdo principal

Humberto Yule grande nome da atualidade


Tentei por algumas semanas falar com esse menino. Digo “menino” pois ele tem apenas 28 anos e já conquistou seu espaço na música não só aqui no Brasil, mas também na Argentina.  Numa segunda-feira (19) ele me ligou dizendo que estava em Campo Grande e que poderíamos agendar a entrevista, pois ele gostaria de me ajudar nesse trabalho.
Agendamos para terça-feira às 14h. Um pouco antes do horário marcado, chega no meu whatsapp uma mensagem perguntando se era só entrevista, ou se eu tiraria foto. Respondi que foto seria apenas pro meu arquivo.
Pontualmente as 14h estaciono em frente à casa, e ele já aguardava no portão. A casa é muito bonita, muito bem decorada, e num canto da sala uma imagem de Nossa Senhora Aparecida me chama a atenção, pois também sou devota. Sento-me no sofá da sala e ligo o gravador. Percebo que ele caprichosamente preparou uma jarra com agua e deixou na mesa de centro da sala.
Falo do trabalho pra ele, e começa nosso bate papo sobre chamamé. De fala pausada, como quem vê um filme de suas lembranças, ele conta que sua paixão pela musica começou muito cedo. Com apenas 7 anos ele já tocava acordeon, e foi aos 14 que ele se apaixonou pelo bandoneon, sua especialidade hoje.  

Com empolgação ele me contou como foi tocar pela primeira vez em Corrientes, quando no ano de 2003 ele foi com a família e o amigo Mauricio Brito, para a cidade conhecer o festival. Por uma coincidência, Maurício Brito já conhecia algumas pessoas do festival, e nesse dia foi chamado para uma participação no palco. Ao final ele, Humberto Yule, foi chamado pelo amigo para tocar bandoneon. A música escolhida era de autoria do pai de um dos organizadores do evento. Enfim, dessa forma ele foi convidado a participar do Primeiro Festival do Mercosul que aconteceria no ano seguinte. Desde então Humberto Yule vai no mínimo, uma vez por ano à Corrientes para se apresentar.  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reencontrando um "velho" amigo

A entrevista estava marcada para as 19h, era uma quinta-feira à noite. Um muro alto na rua Arisoli Ribeiro no bairro Jardim Palmira, escondia uma casa grande, em reforma.  Chego faltando 5 minutos e toco a campainha umas duas vezes. O portão se abre e uma figura simpática, alta, de camisa polo listrada e bota cano fino aparece pra me receber. Logo vai apresentando sua casa-estúdio “em reforma”. O andar de cima é estúdio, em baixo tem várias salas. Mas onde ele mora com a esposa é numa edícula nos fundos. Marlon me conta que naquele dia havia tido ensaio das 13h às 18h com seu ex-atual grupo Canto da Terra. Observo o estúdio muito bem organizado, porém ainda em construção. Sentamos-nos e começamos nossa descontraída entrevista. Peço pra ele me contar como eram os tempos de auge do baile com o grupo. Mas ele começa falando de lambada, que o ritmo era sucesso na época e que eles precisavam mesclar isso. Oiii?! Então. Tentei voltar o foco pro chamamé, mas ele estava tão empolgado,...

Visitando o programa “A Hora do Chamamé”

A entrevista com um dos grandes defensores da bandeira do Chamamé no Estado, Orivaldo Mengual, estava agendada para uma sexta-feira, dia 25 de setembro às 19hs na Rádio Educativa no Parque dos Poderes. Chegando ao local me deparo com um homem abatido, sem voz e cabisbaixo. Sem condições de dar qualquer tipo de entrevista. Inclusive naquele dia ele não apresentou o programa. Desculpou-se mil vezes, e fui embora triste, sem a próxima data agendada, pois ele me pediu que esperasse ele melhorar da voz. Os dois dias de evento em comemoração ao Dia Estadual do Chamamé sugaram toda a energia dele. Em off confidenciou as muitas dificuldades que enfrenta no dia a dia para defender a bandeira do Chamamé no Estado de Mato Grosso do Sul. Inclusive, descreveu algumas situações em que esteve a fim de realizar o evento em comemoração ao dia do Chamamé, e da vontade que teve muitas vezes de desistir e ficar apenas com o programa de rádio, sem nenhuma outra perturbação. Orivaldo é um dos fundado...