O Janio não é músico,
nem compositor e nem historiador, é um engenheiro agrônomo natural de Rio
Brilhante, atual Capital do chamamé. Cheguei até ele depois de ser adicionada
num grupo de whatsapp com aproximadamente 100 integrantes de Mato Grosso do Sul
e de Corrientes na Argentina, e nesse grupo me indicaram ele como fonte.
Meu personagem é
apaixonado por chamamé, daqueles que pega férias só pra viajar para a argentina
e participar dos famosos festivais. Foi muito atencioso, falei com ele numa
terça e agendamos a entrevista pra quinta.
Chegando a casa n. 92
no bairro Carandá Bosque ele me aguardava no portão. Uma figura alta, de
cabelos escuros, óculos, e de perfil extremamente calmo me convida a entrar. Me
acomodei no sofá verde escuro, liguei o gravador e brevemente falei com ele
sobre como o chamamé chegou aqui, sobre como ele se encantou por esse gênero, e
sobre o intercambio cultural de argentinos com brasileiros sulmatogrossenses.
De fala mansa e pausada
ele me explicou tudo isso e um pouco mais. Contou que foi um dos grandes
incentivadores na produção do documentário “O Som do Chamamé” que esta em
cartaz pelo Brasil, e foi produzido pelo campo-grandense Lucas Barros, neto de
Manoel de Barros, que atualmente mora no Rio de Janeiro. Fiquei surpresa e
contente em saber que não sou a única “jovem” com objetivo de defender e
registrar a cultura do chamamé.
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